DATA: 10 de agosto de 2011.
 

2ª AULA: PROCESSO SAÚDE-DOENÇA NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

Iniciamos a aula com a apresentação das professoras Eliane e Andresa, porém a aula foi ministrada pela professora Andresa Tabosa.

Foi feita uma dinâmica, onde cada aluno pegava um papel com um adjetivo no qual se identificava, podendo está ligado à personalidade da pessoa ou ao momento atual, o meu adjetivo foi ansiosa, pois estou ansiosa em relação ao curso e a minha caminhada no decorrer do mesmo. Servindo esta dinâmica para nos conhecermos melhor, quebrar um pouco essa apreensão de início de curso, de novidade.

 

PROCESSO SAÚDE-DOENÇA NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

Nos foi perguntado pela professora, o que é SAÚDE para nós e dentre as resposta estão: o bem estar físico, mental, social e espiritual. Ainda fomos questionados sobre o que é a DOENÇA e como respostas tiveram: desequilíbrio, manifestação do corpo pedindo ajuda, degradação da saúde e disfunção do organismo.

Quando estávamos sendo questionados sobre doença, também falamos sobre a forma das pessoas mais velhas tratarem os enfermos, através de benzedeiras, promessas e ervas e que a doença é uma praga.

Conceito de epidemiologia: é a ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à coletividade, propondo medidas específicas de prevenção, controle, ou erradicação da doença, e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde (ROUQUAYROL; GOLDBAUM, 1999).

Como o ser humano é biopsicossocial e espiritual, o desequilíbrio de qualquer um desses aspectos levará a doença.

Através do estudo de epidemiologia se busca a prevenção através de medidas profiláticas, com intuito de impedir que indivíduos sadios venham a adoecer.

 

HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA

A história é o nome dado ao conjunto de processos de inter-relações de agente, do suscetível e do meio ambiente (LAEVELL & CLARK, 1976). Sendo dividida em dois períodos: o epidemiológico ou pré-patogênico e o patológico ou patogênico.

 

PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO: envolve as condicionantes sociais, ambientais e fatores da suscetibilidade do indivíduo. Onde existirão pré-condições que condicionam a doença.

  • FATORES SOCIAIS:
  • Os fatores socioeconômicos: a capacidade econômica está ligada diretamente a aquisição da doença. Os que detêm um maior poder aquisitivo, ou seja, os economicamente privilegiados adoecem menos, já nos que tem o menor poder aquisitivo à ocorrência de certas doenças como desnutrição, parasitoses é muito maior.
  • Os fatores sociopolíticos: sendo a nível social relacionado com instrumentação jurídico-leal, as decisões políticas.
  • Os fatores socioculturais: no âmbito cultural está relacionado com preceitos, crenças, valores e hábitos culturais, onde o comportamento social influencia no processo doença.
  • Os fatores psicossociais: a marginalidade é fator alterador as saúde, onde o estresse, a competição desigual e outros fatores que afetam o psíquico do indivíduo vão somatizar e levar a doença.

 

  • FATORES AMBIENTAIS:

 São fatores que tem relação entre o agente etiológico e o indivíduo. O agente etiológico é um fator que pode ser um micro-organismo, substância química, ou forma de radiação, cuja presença, presença excessiva ou relativa ausência é essencial para a ocorrência da doença (MOPECE, 2010). O ambiente físico que envolve o homem moderno condiciona o aparecimento de doenças cuja incidência tornou-se crescente devido à urbanização e a industrialização.

  • Os fatores genéticos: são esses fatores que determinam a suscetibilidade do indivíduo de acordo com a aquisição de doenças. Então a pessoa exposta a agentes patogênicos externos, podem ou não adoecer.
  • Multifatorialidade: a sinergização de uma multiplicidade de fatores seja político, econômico, sociais, culturais, psicológicos, genéticos, biológicos, físicos e químicos, levará a doença, ou seja, dependendo de fatores condicionantes da doença, onde a configuração mínima leva a uma probabilidade mínima e uma configuração máxima, leva a um risco máximo.

 

PERÍODO PATOGÊNICO: é onde inicia as ações dos agentes patológicos. Que segue com perturbações a nível celular, com evolução, podendo levar o indivíduo a morte ou a cura.

Segundo Colimon (1978) o período patogênico se divide em três etapas: subclínica, prodrômica e clínica.
 

  • Alterações bioquímicas, histológicas e fisiológicas: a doença já está implantada, porém sem sintomas perceptíveis, fase de incubação.
  • Horizonte clínico: linha imaginária onde separa a fase de incubação e a do aparecimento de sintomas.
  • Sinais e sintomas: começam a aparecer acima do horizonte clínico, se tornando + específico, e a partir dessa fase segue para um desenlace.
  • Cronicidade: a doença pode levar o doente a ficar incapacitado, podendo deixar porta aberta para outras doenças, porém pode evoluir para uma invalidez permanente ou para a morte.

Em todas as fases pode ocorrer a cura.

Fonte: https://www.psiquiatrianet.com.br/epidemiologia/conceito2.htm

 

PREVENÇÃO

A saúde pública através da epidemiologia tem como fundamento a intervenção, buscando evitar doenças, desenvolvendo a saúde física e mental.

A prevenção pode ser empregada em qualquer etapa da doença, ou seja, nos períodos pré-patogênicos e patogênico.

  • A prevenção primária: ocorre na fase pré patogênica, pode ser feita através da promoção da saúde, com medidas gerais de ordem, com moradia adequada, lazer, educação, alimentação adequada; e da proteção específica, através da imunização, saúde ocupacional, controle de vetores, higiene pessoal e do lar.
  • A prevenção secundária: inclui o diagnóstico e tratamento precoce, ou seja, a descoberta de casos que afetem a comunidade e o tratamento do mesmo evitando a propagação da doença; e a limitação da incapacidade, que tem intuito de evitar posteriores complicações e evitar sequelas.
  • A prevenção terciária: reabilitação para impedir o indivíduo de ficar incapacitado.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

COLIMON, K. M. Fundamentos de epidemiologia. Medellín, Servigráficas, 1978, 536p.

LEAVELL, H. & CLARK, E.G. medicina preventiva. São Paulo, Mcgraw-hill, 1976. 744 p.

Módulos de Princípios de Epidemiologia para o Controle de Enfermidades. Módulo 2: Saúde e doença na população/ Organização Pan-Americana da Saúde. Brasília: Organização Pan- Saúde; Ministério da Saúde, 2010.48 p.: il. 7 volumes

ROUQUAYROL, M. Z.; GOLDBAUM, M. Epidemiologia, história natural e prevenção de doenças. IN : ROUQUAYROL, M. Z. & ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia e saúde. 5ª ED. Rio de Janeiro, MEDSI, 1999. 660 P.

ROUQUAYROL, M. Z.; GOLDBAUM, M. Epidemiologia, história natural e prevenção de doenças. Disponível em: <https://www.psiquiatrianet.com.br/ epidemiologia/conceito2.htm>. Acesso em: 18 de agosto de 2011.