SEMINÁRIO 5 – RISCO ERGONÔMICO

DATA: 30 de novembro de 2011.

 

A equipe é composta por Camila Lima, Cristovão Barros, Emerson Olimpio, Jéssica Amorim, Nadynne Pastoriza, Terciene Maria.

Começaram definindo os objetivos do trabalho que se resume em: Definir e conhecer o que é Ergonomia; O que são riscos ergonômicos; Ergonomia e enfermagem.

Falaram um pouco sobre a história (que tem relatos desde a pré história) e a definição do nome ergonomia: “ergo” (trabalho) e “nomos” (normas, regras). A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistema. Ou seja, busca a análise da atividade humana (PORTAL ERGONOMIA NO TRABALHO). É uma ciência relativamente recente que estuda as relações entre o homem e seu ambiente de trabalho e definida pela Organização Internacional do Trabalho – OIT como “ a aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com recursos e técnicas de engenharia para alcançar o ajustamento mútuo, ideal, entre o homem e seu espaço de trabalho, e cujos resultados se medem em termos de eficiência humana e bem-estar no trabalho” (FIOCRUZ, 1998).

Os riscos ergonômicos são os fatores que podem afetar a integridade física e mental do trabalhador, proporcionando-lhe desconforto ou doença. São considerados riscos ergonômicos: esforço físico, levantamento de peso, postura inadequada, situação de estresse, trabalhos em período noturno, jornada de trabalho prolongada, monotonia e repetitividade, imposições de rotinas intensas (FIOCRUZ, 1998).

 

De maneira geral, os domínios de especialização da ergonomia são:

Ergonomia física: estão relacionadas com as características da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica em sua relação à atividade física.

Ergonomia cognitiva: referem-se aos processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio e resposta motora conforme afetem as interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema.

Ergonomia organizacional: refere-se à otimização dos sistemas sóciotécnicos (são critérios fundamentados na noção de conforto, eficiência e segurança), incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e de processos.

 

RISCO ERGONÔMICO NA NR-17

A NR 17 visa o desenvolvimento de medidas preventivas e corretivas para os trabalhadores a cerca da ergonomia. Estabelecendo parâmetros para que ocorra a adaptação das condições de trabalho, proporcionando conforto, segurança e desempenho do trabalhador.

Segundo a NR-17 a análise ergonômica deve ser feita pelo empregador, devendo no mínimo abordar as condições de trabalho dos seus empregados.

Devem ser cumpridas algumas etapas para esta análise:

  1. A análise da demanda e do contexto.
  2. A análise global da empresa.
  3. A análise da população de trabalhadores.
  4. Definição das situações de trabalho a serem estudadas.
  5. A descrição das tarefas prescritas, das tarefas reais e das atividades desenvolvidas para executá-las.
  6. Pré-diagnóstico.
  7. Observação sistemática da atividade, bem como dos meios disponíveis para realizar a tarefa.
  8. O diagnóstico ou diagnósticos.
  9. Validação do diagnóstico.
  10. O projeto de modificações/alterações.
  11. O cronograma de implementação das modificações/alterações.
  12. O acompanhamento das modificações/alterações.

Os riscos ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e provocar sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e estado emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, tais como: LER/DORT, cansaço físico, dores musculares, hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho digestivo (gastrite e ulcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna, etc. (FIOCRUZ, 1998).

 

ERGONOMIA NA PRÁTICA DO ENFERMEIRO

A visão da ergonomia é muito importante no âmbito hospitalar, pois a grande carga de trabalho, o estresse, os problemas ósteo-muscular vem aumentando significativamente.

Algumas atividades exigem esforço do profissional como: banho no leito, movimentação do paciente, movimentação de maca e cadeiras de rodas, subida de rampa com maca, carregar material manualmente, transporte manual de peso, sem utilização adequada da biomecânica, dentre outros, bem como número insuficiente de funcionários , levando a uma sobrecarga de trabalho. Faz-se necessário a adoção de posturas e o uso de equipamentos e materiais adequados.

A ergonomia vem com a intenção de conscientizar esse profissional dos riscos que o mesmo sofre. Porém, a meu ver, para que isso ocorra, também é necessário que não só o profissional, mais os empregadores, estejam cientes da importância desses profissionais para o andamento de todo processo de trabalho, devendo haver uma maior valorização do profissional de saúde, em especial, do enfermeiro, evitando assim que riscos ergonômicos afete a saúde desses profissionais, ajustando as condições de trabalho, nos aspectos físicos e psíquicos.

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REFERÊNCIAS

 

FIOCRUZ. Riscos Ergonômicos. Disponível em: <https://www.fiocruz.br/biosseguranca /Bis/lab_virtual/riscos_ergonomicos.html>. Acesso em: 02 de dez de 2011.

PORTAL ERGONOMIA NO TRABALHO. O que é ergonomia do trabalho. Disponível em: <https://www.ergonomianotrabalho.com.br/ergonomia.html>. Acesso em: 02 de dez de 2011.