SEMINÁRIO 2 – RISCO FÍSICO

DATA: 23 de novembro de 2011.

 

O grupo de risco físico é composto por Amanda Ferreira de Melo, Bruna Nogueira Pitt

Ivanildo Pereira da Silva Filho, Maria Luiza Atrock, Marcela Sousa Santoianni, Priscila Azevedo de Melo.

O trabalho teve como ponto inicial o entendimento do que é a Política Nacional de Saúde do Trabalhador, segundo o que foi dito pelo grupo e em pesquisa no site do ministério da saúde, a Política Nacional de Saúde do Trabalhador visa à redução dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, através de ações de promoção, reabilitação e vigilância na área de saúde. Suas diretrizes compreendem a atenção integral à saúde, a articulação intra e intersetorial, a participação popular, o apoio a estudos e a capacitação de recursos humanos (PORTAL SAÚDE SUS, 2011).

O que é risco físico foi algo que também foi logo de início abordado pela equipe, com intuito de facilitar o desenvolvimento do trabalho, podendo ser considerado um perigo ou uma possibilidade de perigo, sendo causado por diversas formas de energia, tais como: ruídos, temperatura excessiva, vibrações, pressões anormais, radiações e umidade (FIOCRUZ, 2011).

Os riscos descritos pela equipe:

  • UMIDADE: São as atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores (FIOCRUZ, 2011). A exposição do trabalhador à umidade pode acarretar doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças de pele, doenças circulatórias, entre outras. As medidas preventivas devem ser individuais e coletivas: as medidas de proteção individuais são referentes aos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) – luvas de borracha, botas, avental, dentre outros; já as medidas de proteção coletiva são referentes à colocação de ralos de escoamento, estudo de modificação do processo de trabalho, dentre outros.

 

  • TEMPERATURAS EXTREMAS: é a exposição do trabalhador a calor extremo ou a frio extremo. O nosso corpo regula apresenta uma temperatura constante através do mecanismo se regulação calórica, mantendo ela a 37ºC. Já no caso de exposição ao calor excessivo o organismo produz mais calor para manter um equilíbrio, através da dilatação dos vasos.

O excesso de temperatura, chamado de estresse térmico, depende dos fatores ambientais e dependerá das características físicas do trabalhador, um exemplo de trabalhador que está mais exposto é o cozinheiro, mineiros, etc. O que pode levar a fraqueza, depressão, irritabilidade, podendo em casos extremos, levar a desidratação.

   - Esgotamento por Calor: se da quando ocorre uma perda excessiva de fluidos pela transpiração e não há uma ingestão adequada de líquidos, levando a palidez e fraqueza, podendo o trabalhador apresentar: dor de cabeça, tontura e náuseas.

   - Hipertermia ou intermação: é a exposição mais grave ao calor pelo trabalhador, onde o organismo não consegue regular mais a temperatura do corpo, a temperatura corporal de 37ºC passa para 41ºC, o que deixa o trabalhador com confusão mental, perda de consciência e convulsões.

No caso do frio, ocorre o oposto, onde os vasos sanguíneos se contraem para reduzir a perda de calor para o ambiente. Em caso de chegar a – 1ºC ocorre o congelamento do tecido e pode haver necrose. Dentre os trabalhadores mais expostos estão os que trabalham em câmaras frigoríficas e trabalhadores que trabalham a céu aberto. Lesões causadas pelo frio: hipotermia – todo o corpo esfria, inicialmente com sintomas sutis, podendo levar a parada cardíaca e respiratória; geladura – é o congelamento parcial; congelamento – é a destruição de alguns tecidos do corpo, em consequência a diminuição do fluxo de sangue nesses locais.

 

  • PRESSÕES ANORMAIS: são trabalhos feitos em condições de alta pressão (chamada de condições hiperbáricas), ou sob ar comprimido, como exemplo em mergulho. Podendo levar a uma intoxicação por oxigênio (chamado de efeito Lorrain-Smith), já que as células ficam saturadas, gerando sintomas como, dor no peto e tosse seca, porém pode levar a toxidade cerebral, levando a convulsões. Por isso não é todo mundo que pode trabalhar nessas condições, sendo permitidas pessoas apenas entre, 18 e 45 anos de idade, seguindo regra da NR-15. Já no caso de baixa pressão, como os astronautas, há falta de oxigênio, podendo levar a edema cerebral e edema de pulmão.

 

  • RADIAÇÃO: é toda energia que se propaga em forma de onda através do espaço. Neste conceito de radiação se inclui a luz visível, a infravermelha, a ultravioleta, as ondas de rádio e televisão, o infrassom, o ultra-som, a eletricidade e os raios X (MED & SEG, 2011).

- Radiação ionizante: caso dos raios-X, alfa, beta e gama e dos materiais radioativos. A gravidade da lesão irá depender do tipo de radiação, podendo levar a morte celular.

- Radiação não ionizante: caso da radiação infravermelha. Não levando em doses pequenas a uma lesão grave, porém se a exposição for prolongada pode provocar queimaduras.

- Radiação ultravioleta: caso da luz solar é importante para a síntese de vitamina D, porém em excesso pode causar queimaduras e levar ao câncer.

 

  • VIBRAÇÃO: as vibrações afetam zonas extensas do corpo, penetrando no corpo (no caso de trabalhadores de plataformas e motoristas – oscilação vertical), podendo levar a hérnias e lombalgias. Os trabalhadores do setor da mineração, que trabalham com martelos, podem sofrer oscilação de ferramentas e ter uma doença chamada dedos mortos.

  

  • RUÍDO: afeta o aparelho auditivo, podendo agir em conjunto com as vibrações, levando os trabalhadores a sentirem náuseas, alterações mentais, dentre outras. O uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) é uma medida preventiva.

 

RISCOS FÍSICOS NA ÁREA DA ENFERMAGEM

 

Para os profissionais da área de saúde a exposição são por, raios-X, beta e gama, por radiação ultravioleta, luz solar, infravermelho, raios laser, dentre outros. Sem falar da exposição à variação de temperatura, pressão atmosférica, ruídos e vibrações.

Na NR-32 apenas a radiação ionizante é detalhada, pois é a que mais afeta os profissionais da saúde.  Devido a isso, existem medidas de proteção, como: informação aos profissionais; controle da PPRA (Programa de Proteção de Riscos Ambientais) e da PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), o distanciamento da fonte, limite do tempo de exposição e o seguimento das regras de segurança.

 

REFERÊNCIAS:

FIOCRUZ. Risco Físico. 2011. Disponível em: <https://www.fiocruz.br/biosseguranca /Bis/lab_virtual/riscos_fisicos.html>. Acesso em: 26 de nov. de 2011.

MED & SEG. Risco Físico. Disponível em: <https://medeseg.com.br/acidentes.php ?acidente=22>. Acesso em: 26 de nov. de 2011.

PORTAL SAÚDE SUS. Saúde do Trabalhador. Disponível em: . Acesso em: 26 de nov. de 2011.